De acordo com a publicação, fontes revelaram que a lista conta com diversas pessoas que não representam ameaça terrorista, mas que foram avaliadas como "falso positivo" e incluídas por engano.
Os cálculos sobre o número de pessoas presentes na lista foram elaborados com base em registros judiciais, documentos governamentais e entrevistas com funcionários da inteligência dos EUA.
Além disso, cidadãos norte-americanos e até pessoas que nunca estiveram no país constam na relação de Washington.
Funcionários ouvidos pela reportagem também relataram que nem sempre a inclusão representa que a pessoa possa ser autora de um atentado, porém que deve ser realizado um acompanhamento mais direto.
O documento foi criado em 1º de dezembro de 2003, durante o governo do então presidente republicano George W. Bush, e, inicialmente, incluía cerca de 120 mil pessoas. Em 2017, quando a lista foi divulgada publicamente pela última vez, havia cerca de 1,6 milhão de nomes.
Sem pessoal para auditar dados
A publicação revelou também que o governo norte-americano não possui funcionários da segurança nacional suficientes para auditar regularmente a base de dados, o que faz com que nomes que não representem ameaça sejam mantidos no documento. Há ainda pessoas que inclusive já morreram, o que também pode justificar o número ter dobrado em seis anos.
No início do mês, o senador republicano Lindsey Graham demonstrou preocupação com possíveis ameaças terroristas no país e disse que toda a comunidade de inteligência também compartilha do temor.