Panorama internacional

EUA: lista de terroristas passa de 2 milhões e inclui nomes colocados por engano, diz mídia

Criada em dezembro de 2003 pelos Estados Unidos, a lista de "observação de terroristas" já inclui mais de 2 milhões de nomes, revelou nesta quinta-feira (14) a emissora norte-americana CBS News. O documento relaciona pessoas que podem representar ameaça ao país.
Sputnik
De acordo com a publicação, fontes revelaram que a lista conta com diversas pessoas que não representam ameaça terrorista, mas que foram avaliadas como "falso positivo" e incluídas por engano.
Os cálculos sobre o número de pessoas presentes na lista foram elaborados com base em registros judiciais, documentos governamentais e entrevistas com funcionários da inteligência dos EUA.
Além disso, cidadãos norte-americanos e até pessoas que nunca estiveram no país constam na relação de Washington.
Funcionários ouvidos pela reportagem também relataram que nem sempre a inclusão representa que a pessoa possa ser autora de um atentado, porém que deve ser realizado um acompanhamento mais direto.
O documento foi criado em 1º de dezembro de 2003, durante o governo do então presidente republicano George W. Bush, e, inicialmente, incluía cerca de 120 mil pessoas. Em 2017, quando a lista foi divulgada publicamente pela última vez, havia cerca de 1,6 milhão de nomes.
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Sem pessoal para auditar dados

A publicação revelou também que o governo norte-americano não possui funcionários da segurança nacional suficientes para auditar regularmente a base de dados, o que faz com que nomes que não representem ameaça sejam mantidos no documento. Há ainda pessoas que inclusive já morreram, o que também pode justificar o número ter dobrado em seis anos.
No início do mês, o senador republicano Lindsey Graham demonstrou preocupação com possíveis ameaças terroristas no país e disse que toda a comunidade de inteligência também compartilha do temor.
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