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Celso Amorim diz que Venezuela e Guiana 'renunciaram ao uso da força'; Washington liga para Brasília

Segundo Celso Amorim, um dos mediadores da reunião entre os dois países, o encontro "superou as expectativas". Secretário de Estado norte-americano ligou para Mauro Vieira ontem (14) para agradecer pela atuação do Itamaraty no caso.
Sputnik
Com as tensões elevadas entre Venezuela e Guiana na disputa por Essequibo, o governo brasileiro entrou diretamente na mediação do caso, enviando o assessor da Presidência para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, e articulou para que a reunião entre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e seu homólogo guianense, Irfaan Ali, ocorresse.
No encontro, ocorrido na quinta-feira (14), ambas as partes prometeram "continuar o diálogo" e evitar que a situação tome proporções reais de conflito.
Na noite de ontem (14), após o fim das tratativas, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, fez um telefonema ao chanceler Mauro Vieira para agradecer pelo papel do Itamaraty, relata a revista Veja.

"Blinken agradeceu ao Brasil por sua liderança diplomática na busca de uma resolução pacífica para a disputa entre a Venezuela e a Guiana sobre a região de Essequibo", disse Matthew Miller, porta-voz do secretário de Estado, citado pela mídia.

Vieira e Blinken também discutiram o apoio à Missão Multinacional de Segurança no Haiti, segundo o porta-voz. Em outubro, as Nações Unidas chancelaram o envio de uma força ao país, liderada pelo Quênia, para cooperar com a polícia nacional.
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Celso Amorim disse hoje (15) que a negociação entre Caracas e Georgetown superou as expectativas porque ambos renunciaram ao uso da força, contendo a escalada de tensão na região.

"Eu vinha dizendo que seria uma vitória se eles apenas aceitassem uma nova reunião. Fomos muito além disso, porque Venezuela e Guiana renunciaram […] ao uso da força", afirmou Amorim ao canal CNN Brasil.

O ex-chanceler disse que evidentemente o problema não foi resolvido e que as negociações seguem, mas que a escalada de tensão na região foi contida. Amorim também ressaltou o prestígio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como mediador.

Segundo o ex-chefe do Itamaraty, "a boa diplomacia é quando os dois lados conseguem sair da mesa dizendo que levaram algo".
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