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Governo Milei ainda quer dolarização e fechar Banco Central da Argentina, diz ministro da Economia

Sem dar prazos, o alto responsável afirmou que o objetivo continua sendo o de promover o dólar dos EUA como moeda oficial do país, com uma forte desvalorização do peso já executada durante esta semana.
Sputnik
Javier Milei, presidente da Argentina, ainda pretende acabar com o peso argentino depois de desvalorizar drasticamente a moeda como parte de uma rodada inicial de terapia de choque, afirmou o ministro da Economia argentino.
O objetivo "continua sendo chegar [à] dolarização", disse Luis Caputo em uma entrevista publicada na sexta-feira (15) no jornal argentino La Nación.
Após anunciar na terça-feira (12) que o novo governo estava desvalorizando o peso em mais da metade, Caputo recusou-se a oferecer um prazo para o abandono total da moeda, mas admitiu que a medida terá de durar algum tempo.
"O presidente sempre fez campanha sobre a dolarização e o encerramento do banco central" do país, referiu Caputo.
"Essas bandeiras de mobilização não foram deixadas de lado", garantiu ele.
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A chamada contação com liquidação (CCL, na sigla em espanhol), uma taxa de câmbio não oficial que reflete o que os argentinos podem obter por seu dinheiro no mercado negro, estava antes do anúncio de Caputo em 365 pesos para um dólar dos EUA, e atingiu 800 após ele. Na quinta-feira (14) ele chegou a cerca de 1.040 pesos por dólar, gerando grandes saltos nos preços dos produtos e serviços do país, segundo relatos. Após o corte inicial, Caputo reiterou que a taxa oficial será reduzida em 2% a cada mês daqui para frente.
O novo governo quer aproximar a taxa oficial das taxas observadas em tais mercados paralelos, disse o ministro da Economia argentino. O objetivo, declarou, é "conter essa inflação reprimida", as respectivas expectativas, e evitar que os ganhos mensais de preços ultrapassem 20%, acrescentou.
A inflação mensal na Argentina atingiu quase 13% em novembro, e quase 161% em termos anuais.
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