A decisão foi divulgada por Orbán em suas redes sociais, destacando que o veto abrange também a revisão do Quadro Financeiro Plurianual (QFP).
"Resumo do turno da noite: veto ao dinheiro extra para a Ucrânia, veto à revisão do QFP. Voltaremos ao assunto no próximo ano no Conselho Europeu, depois de uma preparação adequada", afirmou Orbán em sua conta no X (antigo Twitter).
A atitude de Orbán coloca a Hungria em posição de discordância em relação à maioria das decisões da UE relacionadas à Ucrânia, ainda que tal repasse pode ser revisto.
Isso inclui não apenas o bloqueio de 50 bilhões de euros em assistência macrofinanceira, mas também a rejeição da oitava parcela de 500 milhões de euros em ajuda militar, cinco bilhões de euros do Fundo Europeu para a Paz destinados ao apoio militar em 2024, além de outros 20 bilhões de euros em apoio militar à Ucrânia.
O veto se estende ainda a outros 50 bilhões de euros no orçamento do bloco, destinados a fornecer assistência macrofinanceira a Kiev nos próximos quatro anos.
No entanto, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestou otimismo após a cúpula da UE em Bruxelas, declarando aos jornalistas que espera a aprovação unânime da ajuda financeira à Ucrânia no início de 2024.
Outro parceiro no investimento bélico em território ucraniano, os Estados Unidos têm passado por turbulência política, onde muitos membros do Partido Republicano querem o fim da assistência à Ucrânia em seu conflito com a Rússia, argumentando falta de transparência.