Operação militar especial russa

Rússia moderniza quase 90% do sistema da Força Estratégica de Mísseis

A Rússia modernizou 88% do sistema de mísseis da Força Estratégica de Mísseis (FEM), declarou nesta sexta-feira (15) o comandante do regimento, Sergei Karakaev.
Sputnik

"Em 2023, no âmbito dos contratos estatais para aquisição de armas e equipamentos, a força recebeu cerca de 80 peças de armas novas, que permitiram armar três regimentos com os sistemas de mísseis Yars e Avangard. Como resultado, houve modernização de 88% da força", declarou Karakaev.

O general destacou que as unidades de combate são capazes de cumprir todas as tarefas atribuídas, sem a necessidade de qualquer alteração.

"Na perspectiva de curto prazo, não haverá necessidade de realizar grandes transformações na FEM, nada que exija aumentar o número de divisões e unidades militares."

Ele também mencionou os blocos hipersônicos com manobrabilidade, com os quais serão equipados os sistemas móveis.
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"A Rússia, ao desenvolver sistemas de mísseis, leva em conta que precisará contornar a defesa antiaérea e antimísseis do inimigo virtual, portanto os mísseis russos têm sistemas para neutralizar essa defesa. Mas os mais eficazes neste caso são os blocos hipersônicos com manobrabilidade, incorporados à unidade de mísseis Yasnensk [região de Orenburgo]", explicou o general.

Karakaev mencionou ainda que o agrupamento estacionário também está sendo modernizado, além do rearmamento do regimento Yasnensk, que incorporou o sistema Avangard. A divisão de mísseis Kozelsk, afirmou ele, terá o sistema Yars incorporado até 2025.
Além disso, o comandante das FEM informou que a Rússia segue desenvolvendo novo sistema estratégico de mísseis móveis que substituirá os Yars.

"As empresas russas que montam mísseis têm potencial técnico e científico suficiente, bem como as unidades de produção necessárias, para começar rapidamente a produzir mísseis de médio e curto alcance para entrega às tropas", acrescentou o general.

Em dezembro de 1987, a União Soviética e os Estados Unidos assinaram o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, sigla em inglês), que proibia mísseis balísticos e de cruzeiro com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.
Em 2 de agosto de 2019, Washington rompeu com o tratado, alegando que a Rússia o estava violando. Moscou também abandonou o tratado em resposta à decisão dos EUA.
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Com o fim do tratado o míssil de ataque de precisão (PrSM, na sigla em inglês) dos EUA teve seu alcance estendido para além de 499 km.

Previsão de 7 lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais em 2024

Karakaev informou que no próximo ano, a Rússia pretende lançar sete mísseis balísticos intercontinentais. Ele lembrou que os lançamentos são notificados aos EUA com pelo menos um dia de antecedência, revelando ainda o local da sua execução e a área onde as ogivas irão aterrissar.
Da mesma forma, observou que os quatro lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais realizados pela Rússia em 2022 "confirmaram a alta confiabilidade dos sistemas de mísseis".
Entre eles estava o lançamento bem-sucedido do novo míssil balístico intercontinental Sarmat a partir do Cosmódromo de Plesetsk.
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