Panorama internacional

'Valeu a pena' o diálogo de disputa territorial com Guiana, diz Maduro

O presidente da Venezuela qualificou como proveitosos os esforços de resolver a questão territorial com a Guiana, onde a última recentemente quis começar a explorar jazidas petrolíferas.
Sputnik
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, disse na quinta-feira (14) que suas tentativas de diálogo direto com Irfaan Ali, seu homólogo da Guiana, e de expor os argumentos históricos de seu país ao território de Essequibo, valeram o esforço.
A Venezuela e a Guiana expressaram sua disposição de continuar o diálogo para resolver a disputa sobre o território, após a conclusão em São Vicente e Granadinas de uma reunião entre os presidentes dos dois países.
"Acredito e digo ao nosso povo, neste momento, que valeu a pena defender a verdade da Venezuela, erguer a bandeira da verdade, redigir nossas razões históricas e buscar com a diplomacia da paz o caminho do diálogo, do entendimento, para canalizar essa controvérsia histórica para onde ela deve estar", disse o alto responsável ao regressar à Venezuela.
O presidente descreveu a reunião como marcada pelo diálogo e pelo respeito, e agradeceu aos líderes da Comunidade do Caribe (CARICOM) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), Brasil, Colômbia e Honduras por seus esforços.
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De mãos dadas: 'Venezuela e Guiana expressaram disposição em diálogo para resolver Essequibo'
Maduro afirmou que a Venezuela "deu um passo histórico, um passo gigantesco para voltar ao caminho da legalidade, do diálogo e da paz".
"Creio que foi uma vitória para o diálogo, a diplomacia e a paz, foi uma vitória para nosso povo, que ama a paz, que acredita na verdade, e que está sempre pronto para defendê-la", comentou ele.
Como resultado da reunião, os líderes se comprometeram a se afastar de qualquer ação que pudesse agravar o conflito, e acordaram continuar o diálogo bilateral em questões de importância para a Venezuela e a Guiana.
Em 5 de dezembro, Maduro anunciou medidas sobre o território disputado após os resultados de um referendo consultivo realizado dois dias antes, incluindo a Lei Orgânica para a Criação de Guiana Essequiba, a criação da Zona de Defesa Integral de Guiana Essequiba, e a publicação do novo mapa da Venezuela.
O referendo recolheu 10,5 milhões de votos, em resposta à decisão da Guiana de licitar jazidas de petróleo no Essequibo.
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