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Haddad diz que Brasil apoiou empréstimo de U$S 960 milhões a Milei pelo povo argentino

Em coletiva, ministro diz que o Brasil não deixou de apoiar o povo argentino, apesar das ofensas de Javier Milei ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Sputnik
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou, neste sábado (16), a decisão do Brasil de apoiar um empréstimo no valor de US$ 960 milhões (cerca de R$ 4,74 bilhões) à Argentina, por meio do Banco de Desenvolvimento da América Latina, instituição também chamada de Corporação Andina de Fomento (CAF, na sigla em espanhol).

"Hoje saiu na imprensa que o Brasil votou a favor da Argentina para conseguir um empréstimo para superar a sua crise e todo mundo sabe que o atual presidente da Argentina ofendeu o presidente Lula durante a campanha, mas nem por isso o Brasil, governado pelo presidente Lula, deixou de apoiar o povo argentino", disse o ministro.

"O mais importante de tudo é quando você tem um governante que não olha religião, bandeira partidária, time de futebol, um presidente que olha para quem precisa do apoio do governo independente de quem é o prefeito, quem é o governador. Faz o que é preciso para o povo ter comida barata na mesa, casa própria, emprego digno, salário digno", acrescentou.
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A declaração de Haddad foi dada em entrevista a jornalistas à margem da cerimônia da assinatura do termo de compromisso para a construção do primeiro módulo do empreendimento Copa do Povo, no bairro de Itaquera, na capital paulista. O projeto terá um total de 648 unidades habitacionais.
O empréstimo à Argentina foi aprovado, por unanimidade, pela diretoria do CAF, na noite da última sexta-feira (15). A aprovação do empréstimo é considerada de interesse para o governo brasileiro, uma vez que a saúde econômica da Argentina é importante para o Brasil. Isso porque a Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil na América do Sul.
Entre janeiro e outubro deste ano, as exportações do Brasil para a Argentina registraram um superávit de US$ 4,75 bilhões (cerca de R$ 23,5 bilhões), com um aumento de 12% (cerca de R$ 73,6 bilhões) nas vendas para o país vizinho. Em contraponto, as vendas da Argentina para o Brasil no período totalizaram US$ 10,15 bilhões (cerca de R$ 50,1 bilhões).
A expectativa é que o governo do presidente argentino Javier Milei use o empréstimo obtido via CAF para pagar parte da dívida de US$ 912 milhões (cerca de R$ 4,5 bilhões) do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que precisa ser quitada até a próxima quinta-feira (21).
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