Os chilenos foram às urnas neste domingo (17) para determinar se apoiam ou rejeitam um novo projeto de Constituição que substituiria a atual Carta Magna do país. O atual quadro constitucional foi concebido e promulgado durante a ditadura do general Augusto Pinochet em 1980, que assumiu o poder após dar um golpe no presidente eleito Salvador Allende em 11 de setembro de 1973.
A necessidade de uma nova Constituição se deu em 2019, como resultado de diversos protestos da sociedade chilena, que foi às ruas contra uma tentativa do então presidente Sebastián Piñera de aumentar o custo do metrô de Santiago. Um dos pontos mais discutidos na época era a derrubada da Constituição do ditador chileno.
Um projeto de nova Constituição já havia sido votado em 2022 pela Assembleia do país, liderada pela linguista mapuche Elisa Loncón. No entanto, ela foi rejeitada no plebiscito, dando seguimento à nova tentativa de substituir a Carta Magna do país.
A proposta da Carta Magna foi elaborada com uma constituinte de maioria conservadora, ao contrário do projeto constitucional de 2020, quando foram garantidas cadeiras para os povos indígenas chilenos e outros setores historicamente marginalizados.
A proposta da Carta Magna foi elaborada com uma constituinte de maioria conservadora, ao contrário do projeto constitucional de 2020, quando foram garantidas cadeiras para os povos indígenas chilenos e outros setores historicamente marginalizados.