As tropas ucranianas receberam a tarefa de destruir a usina hidrelétrica de Kakhovka como um centro de transporte, os ataques com foguetes foram realizados em um ponto durante um longo período, disse o governador da região de Kherson em uma entrevista à Sputnik.
"A represa de Kakhovka, durante a operação especial e durante as hostilidades que ocorreram no território da região de Kherson, sofreu bombardeios constantes, porque através de suas estruturas passavam as rotas terrestres da rodovia e da ferrovia", contou Vladimir Saldo.
"Lá também estava uma eclusa, projetada para a passagem de navios do reservatório de Kakhovka para a parte inferior do rio Dniepre, então as Forças Armadas da Ucrânia tinham uma tarefa específica: colocá-la em um estado tal que ela ainda deixasse de servir como um centro de transporte rodoviário e ferroviário, e destruí-la", disse.
Para Saldo, a destruição da represa pelas forças ucranianas é "o maior crime", pois perturbou o equilíbrio ecológico.
"Por isso eles tinham um alvo concreto, por muito tempo tentaram atacar com foguetes, principalmente com foguetes Himars e artilharia. Eles batiam, batiam em um ponto, até que esse ponto chegou a um estado crítico, e o último golpe foi dado precisamente no dia 6 de junho, quando houve vários bombardeios à noite, e o ponto crítico em si não conseguiu suportar a carga, e a barragem estourou."
"E então, junto com a liberação de água do reservatório de Kakhovka, a sala de máquinas da usina hidrelétrica e todas as instalações técnicas que serviam a barragem e o reservatório de Kakhovka, foram destruídas", detalhou ele.
As tropas ucranianas lançaram uma série de ataques contra a usina hidrelétrica de Kakhovka na noite de 6 de junho. Vladimir Putin, presidente da Rússia, chamou no dia seguinte de "ação bárbara" de Kiev e notou que ela levou a uma catástrofe ambiental e humanitária em grande escala.