Panorama internacional

Petróleo registra ganho semanal após aumento de ataques a navios no mar Vermelho, diz mídia

Transportadores evitam rota do mar Vermelho enquanto EUA derrubam onda de drones e petróleo registra ganho após sete semanas de quedas.
Sputnik
Segundo a Bloomberg, o petróleo bruto registrou alta após o primeiro ganho semanal desde o final de outubro, quando as principais companhias marítimas suspenderam o trânsito através do mar Vermelho, destacando o risco para a artéria vital para o comércio internacional do combustível.
A referência global Brent foi negociada perto de US$ 77 (R$ 380,50) por barril, depois de ganhar 0,9% na semana passada, quebrando uma sequência de sete semanas de quedas. A autoridade do canal de Suez do Egito disse que está "acompanhando de perto" as tensões no mar Vermelho depois que os EUA disseram ter abatido 14 drones lançados de áreas do Iêmen controladas pelos houthis.
As principais transportadoras na região — MSC Mediterranean Shipping e CMA CGM SA — foram as últimas a anunciar no fim de semana (17) que não vão enviar seus navios através do ponto de estrangulamento diante das ameaças crescentes, enquanto a Maersk Tankers disse que insistiria que seus navios tivessem a opção de evitar a rota. Os militantes houthis têm atacado cada vez mais navios mercantes no mar Vermelho — especialmente navios que afirmam estar ligados a Israel — em resposta à guerra em Gaza.
O chefe de pesquisa de commodities e carbono do Westpac Banking afirmou à mídia que "o foco principal continua sendo a oferta, com a produção de petróleo dos EUA atingindo novos recordes no final do ano", mas afirmou ainda que é incerto dizer se a tensão regional vai influenciar os preços do petróleo.
O petróleo bruto perdeu cerca de um quinto desde o máximo registrado no final de setembro e caiu 10% no ano, uma vez que a oferta de xisto nos EUA superou as expectativas dos analistas e no meio do cepticismo sobre se todos os membros da OPEP+ vão cumprir as promessas de reduzir a produção. Mesmo sem tanto otimismo, os analistas de Wall Street veem alguma margem para a recuperação dos preços no próximo ano.
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