A resolução foi aprovada por 118 votos a favor, 49 contra e 14 abstenções. Rússia, China e Israel foram alguns dos países que votaram favoravelmente, enquanto os Estados Unidos, a Ucrânia, o Reino Unido e a Alemanha se posicionaram contra.
A aprovação da resolução ocorreu no Terceiro Comitê da ONU, em novembro, e posteriormente ela foi submetida a votação na Assembleia Geral.
Essa resolução é adotada anualmente pelo órgão.
O documento, intitulado "Combate à glorificação do nazismo, do neonazismo e de outras práticas que contribuem para a escalada das formas modernas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância conexa", recomenda que os países adotem medidas concretas nessa direção, sobretudo nos âmbitos da legislação e da educação, de acordo com suas obrigações internacionais no campo dos direitos humanos. A ideia também é evitar a revisão histórica, de forma didática, dos eventos como 'meros acontecimentos históricos'.
Além disso, visa evitar a revisão da história e dos resultados da Segunda Guerra Mundial, bem como a negação dos crimes contra a humanidade e de guerra cometidos durante esse período.
A resolução também exorta os Estados-membros a tomarem medidas ativas para garantir que os sistemas educativos desenvolvam conteúdo necessário para fornecer relatos precisos da história, promovendo, ao mesmo tempo, a tolerância e outros princípios internacionais de direitos humanos.
Os autores do documento condenam veementemente incidentes relacionados com a glorificação e a propaganda do nazismo, especialmente a aplicação de grafites e desenhos pró-nazistas, inclusive em monumentos às vítimas da Segunda Guerra Mundial.
A resolução insta os Estados a eliminarem todas as formas de discriminação racial por todos os meios apropriados, incluindo, se necessário, proposições legislativas.
Além disso, o documento condena fortemente o uso de materiais educativos e retórica na formação que promovam o racismo, a discriminação, o ódio e a violência com base em origem étnica, nacionalidade, religião ou crença.