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Em meio a divergências e protestos, Assembleia da França aprova projeto polêmico de lei de imigração

Nesta terça-feira (19), a Assembleia Nacional da França aprovou o controverso projeto de lei de imigração, com 349 votos a favor e 186 contra. O projeto, apresentado pelo governo de Emmanuel Macron em fevereiro visava, segundo ele, facilitar a expulsão "daqueles que se comportam mal" e a integração "daqueles que se comportam bem".
Sputnik
Diversos protestos eclodiram nas proximidades da estação de Montparnasse, no sul de Paris, onde milhares de pessoas, majoritariamente trabalhadores imigrantes, manifestaram-se contra a nova legislação.
A crítica, em geral, é a falta de reconhecimento e benefícios para os imigrantes que contribuem economicamente para o país, pagando impostos e taxas de previdência social.
A versão final do projeto ainda estava em discussão com o Senado, de maioria conservadora, endurecendo algumas propostas. Entre os pontos mais polêmicos estavam a aceleração dos procedimentos de refúgio, a dificuldade do reagrupamento familiar e as condições mais rigorosas para vistos médicos.
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A lei propunha até mesmo a deportação de crianças menores de 13 anos ao chegarem à França, ou de pais estrangeiros cujos filhos possuíssem nacionalidade francesa.
A proposta original buscava facilitar autorizações de trabalho automáticas para setores com escassez de mão de obra, mas a versão final concedia mais poder às autoridades locais.
O debate reflete não apenas as divergências políticas entre franceses, mas também tensões em torno da imigração, que têm sido um tema central em meio à ascensão de partidos de extrema-direita na Europa. Alguns países já anunciaram medidas para que refugiados voltassem às suas casas.
O resultado das próximas eleições francesas, previstas para junho de 2024, pode ser influenciado por essa discussão, com partidos como o Reagrupamento Nacional (Rassemblement National) de Marine Le Pen, buscando capitalizar o descontentamento dos nativos franceses em relação à imigração.
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