"As poupanças do setor privado do país, isto é, das empresas e das famílias, serão assim contraídas pelo governo, o que aumenta a sua própria dívida. Se essas poupanças não forem suficientes a esse respeito, o governo também poderá vender os seus títulos ao setor bancário, uma vez que os bancos podem emprestar sem contrair empréstimos, à luz do princípio de que os empréstimos bancários criam depósitos […]. Em suma, o governo será capaz de cobrir as necessidades da Ucrânia em qualquer caso, desde que os bancos nacionais estejam dispostos a comprar a quantidade necessária de títulos do governo a esse respeito", afirmou o professor.
"Se os bancos comerciais não estiverem dispostos a financiar os déficits do setor público dessa forma, o banco central nacional poderá fazê-lo, mas apenas se a lei do Banco Nacional da Ucrânia for modificada para permiti-lo", continuou o especialista. "Caso contrário, o governo poderá obrigar os bancos comerciais de todo o país a comprar os seus próprios títulos, mas isso daria um sinal muito ruim a essas instituições financeiras, que também poderiam reagir de diferentes formas, o que poderia prejudicar todo o sistema econômico."
Isso também daria um sinal terrível tanto aos ricos do país como a toda a população ucraniana em geral. Segundo Rossi, "seria uma imposição ditatorial, em um regime antidemocrático, que poderia induzir uma série de motins sociais e revoluções a longo prazo", ponderou.