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Transporte marítimo pode ser interrompido no mar Vermelho devido aos ataques houthis, diz mídia

Ataques frequentes realizados pelo movimento Ansar Allah, também conhecido como houthis, no norte do Iêmen devem forçar indústria naval a interromper o tráfego no canal de Suez.
Sputnik
A indústria naval global está se preparando para interromper o tráfego pelo canal de Suez, na rota do mar Vermelho, por semanas. As motivações para a ação são os ataques houthis na região e as preocupações de que os Estados Unidos não sejam capazes de fornecer um sistema de defesa eficaz, informou a Bloomberg, citando participantes do mercado e da indústria.

"A indústria naval global está se preparando para semanas sem sua rota comercial mais importante", escreve o jornal.

De acordo com cálculos da indústria, o movimento de cada navio que não passa pelo canal de Suez, tendo que circundar o continente africano, custa mais de US$ 1 milhão (R$ 4,87 milhões) e leva de sete a dez dias a mais, na comparação com o trajeto pelo mar Vermelho. Dado o aumento dos preços do petróleo, os custos serão repassados aos produtos.
Segundo a publicação, os atuais ataques conduziram a uma emergência industrial que poderá ser maior que aquela causada pelo fechamento temporário do canal de Suez de 2021, quando um navio mercante encalhou e paralisou o tráfego ao longo da via navegável.
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Apesar de não ser a primeira vez que os houthis atacam navios que passam pelo mar Vermelho, não há registros desse tipo com tanta frequência.
Anteriormente, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, anunciou o lançamento da operação Guardião da Prosperidade para garantir a segurança da navegação no mar Vermelho à luz dos crescentes ataques dos houthis, que tentam impedir a passagem de navios para os portos israelenses, exigindo a entrega gratuita de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e o fim dos bombardeios contra o enclave.
O movimento iemenita Ansar Allah, também conhecido como houthis, que controla a maior parte da costa do mar Vermelho na altura do Iêmen, alertou anteriormente que havia a intenção de atacar quaisquer navios ligados a Israel, apelando a outros países para retirarem as suas tripulações e não se aproximarem deles em mar. Em consequência disso, várias companhias marítimas decidiram suspender o transporte através do mar Vermelho.
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