O documento, transmitido ao Ministério das Relações Exteriores da França para estudo, destaca propostas como a realocação de líderes militares do movimento palestino Hamas para a Argélia, divulgou o jornal Le Monde.
O presidente do Centro de Pesquisa do Golfo, Abdulaziz Al Sager, é o autor do plano, que surgiu após uma reunião em Riad com a diretora da pasta francesa para o Norte da África e Oriente Médio, Anne Grillo.
O plano sugere a "evacuação" dos líderes militares do Hamas para o território argelino, mencionando especificamente Mohammed Deif, chefe da ala militar do Hamas, e Yahya Sinwar, líder do grupo palestino na Faixa de Gaza, segundo informações do veículo de imprensa francês.
A Argélia é apresentada como um possível refúgio devido às boas relações com o Catar e o Irã, principais patrocinadores do movimento, e à sua capacidade de segurança, que permitiria o "monitoramento das atividades dos grupos".
Além disso, o plano contempla o envio de forças árabes de manutenção da paz para a Faixa de Gaza, sob gestão da Organização das Nações Unidas (ONU), e a criação de um conselho conjunto de transição composto pelas principais facções palestinas — Hamas, Jihad Islâmica e Fatah.
Esse conselho teria a responsabilidade de gerir o enclave durante quatro anos, visando à organização de eleições presidenciais e parlamentares, relatou o jornal.
Em 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque com foguetes em grande escala contra Israel a partir da Faixa de Gaza, resultando em mais de 1,2 mil mortes, e cerca de 240 pessoas foram sequestradas.
Na sequência, Israel fez ataques retaliatórios, bloqueou Gaza totalmente e deu início a uma incursão terrestre no enclave palestino, com o objetivo declarado de eliminar combatentes do Hamas e resgatar reféns. Até agora, mais de 20 mil pessoas foram mortas em Gaza devido ao conflito, conforme relatado pelas autoridades locais.