A denúncia foi do contra-almirante Vadim Kulit, vice-chefe do Centro Russo para a Reconciliação das Partes Combatentes na Síria.
"A chamada 'coalizão', liderada pelos EUA na Síria, violou os protocolos de desconflito nove vezes durante o dia", disse em coletiva de imprensa.
Conforme o porta-voz, a chamada "coalizão antiterrorista" dos Estados Unidos segue criando situações de perigo nos céus da Síria, com a realização de voos que violam os protocolos de desconflito e as regras do espaço aéreo do país.
"Na área de Al-Tanf, foram registradas nove violações durante o dia por dois caças F-15, dois caças F-16, duas duplas de aeronaves de ataque A-10 Thunderbolt e um veículo aéreo não tripulado MQ-1C", disse Kulit.
O contra-almirante observou que tais ações da "coalizão" continuam a criar condições perigosas para incidentes e agravam a situação no espaço aéreo da Síria.
Tensões também no Iraque
As tensões no Oriente Médio, por conta da desestabilização causada por Washington no território, tem provocado reações de diversos movimentos. No Iraque, a Resistência Islâmica admitiu no início do mês que realizou ataques de drones contra uma base militar dos Estados Unidos no Aeroporto Internacional de Erbil.
O grupo muçulmano xiita tem forte atuação no país e realizou o ataque em retaliação ao apoio norte-americano a Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. O conflito começou no dia 7 de outubro e já provocou a morte de mais de 20 mil palestinos.
No último mês, um dos maiores ataques contra outra base dos EUA na Síria também foi realizado pela Resistência Islâmica. Em comunicado, o grupo que inclui formações armadas xiitas confirmou a autoria do atentado na província de Deir ez-Zor. O grupo também alegou ter realizado o ataque com o uso de drones contra a base Green Village.
Regiões que concentram as maiores reservas de petróleo e gás na Síria, parte dos territórios no leste e nordeste do país são controlados pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. Damasco já chamou a presença norte-americana de ocupação irregular e pirataria estatal, com "o objetivo de roubo de petróleo descarado".