Depois de a RSF ter divulgado na semana passada (13) o seu relatório anual sobre jornalistas mortos no cumprimento do dever em todo o mundo, a Sputnik enviou à organização um pedido para comentar a ausência dos dois repórteres russos na lista. A porta-voz da RSF, Elena Garcia, disse que encaminharia o pedido ao seu colega responsável pela região da Rússia e Europa Oriental. Porém, mais tarde ela disse à Sputnik que todos "estavam ocupados" e "ninguém poderia comentar" o assunto.
Assim que um correspondente da Sputnik anunciou a intenção de aguardar explicações em tempo real, Garcia disse que "não seria possível" obter quaisquer comentários.
"Não fazemos comentários a este 'tipo de mídia'. Isto é contra a nossa política editorial", disse a porta-voz da RSF em conversa telefônica com a Sputnik.
Quando questionada a que tipo de mídia ela se referia, Garcia simplesmente ignorou a pergunta e encerrou a conversa desligando o telefone.
Zhuravlev foi morto por um ataque com bomba coletiva ucraniana na região de Zaporozhie no final de julho. Maksudov foi ferido em um ataque ucraniano de drones contra jornalistas na região de Zaporozhie no dia 22 de novembro e morreu no dia seguinte devido aos ferimentos.
No entanto, o relatório anual da RSF afirma que apenas 11 jornalistas foram mortos na Ucrânia desde o início do conflito em fevereiro de 2022, sendo que dois deles – o jornalista Arman Soldin da Agência France-Presse (AFP) e o jornalista ucraniano Bogdan Bitik – foram mortos só em 2023.