"Tanto a República Tcheca como a Eslováquia não têm acesso ao mar, não têm possibilidade de obter petróleo de outras fontes", afirmou Tokarev em entrevista ao canal de televisão Rossiya 24.
O presidente da Transneft, maior empresa de oleodutos do mundo, declarou ainda que embora a República Tcheca ainda consiga receber pequenos volumes de petróleo através de um oleoduto da Europa, a alternativa não é suficiente para abastecer o país.
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, por sua vez, confirmou que o país continuará a refinar o petróleo bruto russo e a exportar combustíveis.
O regulamento que permitia à Eslováquia vender produtos petrolíferos de origem russa ao vizinho expirou no último dia 5. Ontem (19), a ministra da Economia eslovaca, Denisa Sakova, disse que a isenção foi prorrogada por um ano.
O petróleo russo atualmente sofre sanções da UE, mas a Eslováquia está autorizada a vender e a exportar produtos feitos a partir dele à República Tcheca.
Em novembro, o presidente do Parlamento eslovaco, Peter Pellegrini, alertou que o fornecimento de petróleo na Europa poderia ser interrompido se a isenção de Bratislava das sanções da UE ao petróleo russo não fosse garantida.
Após o início da operação militar especial na Ucrânia, há quase dois anos, o Ocidente impôs uma série de sanções à Rússia para prejudicar as receitas de Moscou no setor energético.
Além disso, o conflito na Ucrânia também interrompeu o fluxo de gás russo para a Europa, o que levou a um aumento nos preços da energia e à escassez, forçando os países a procurarem alternativas.
Exportações de petróleo russo aumentam e se diversificam em 2023
Tokarev disse ainda que a Rússia vendeu à China cerca de 100 milhões de toneladas de petróleo, e 70 milhões de toneladas à Índia.
Ele acrescentou que a Rússia também tem novos rumos para as exportações, em particular Egito, Marrocos, Mianmar e Paquistão.
A Transneft, continuou, colocará em operação uma estação de bombeamento de petróleo na província russa de Irkutsk no primeiro semestre de 2024, o que permitirá fornecer mais 7 milhões de toneladas de embarques anuais de petróleo à China, por via férrea e através do porto de Kozmino, no mar do Japão.