"O Hamas permanecerá, eles não desaparecerão. O Hamas possivelmente deixará de existir como estrutura militar. Isso é possível. Mas o Hamas continuará a existir como estrutura política, como força política", disse Abdel-Shafi.
Hamas diz que 'não aceitará jogo de Israel' sobre reféns
Membros do Hamas e do Fatah estão se encontrando secretamente em reuniões para chegar a um acordo sobre o pós-guerra na Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, o grupo palestino quer estudar bem a liberação de reféns devido a ações posteriores de Israel.
Nesta quarta-feira (20), o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, desembarcou no Egito em sua primeira visita ao país em mais de um mês. A rara intervenção pessoal na diplomacia ocorre em meio a negociações sobre um novo cessar-fogo com Israel.
No entanto, o alto funcionário do Hamas, Ghazi Hamad, disse à emissora Al Jazeera que o grupo não está interessado em libertar reféns apenas para depois ser atacado por Tel Aviv, e parece confirmar o interesse da organização em se reconciliar com o Fatah sobre o futuro de Gaza no pós-guerra.
De acordo com um relatório do The Washington Post, o Hamas e rivais palestinos estão conduzindo diálogos secretos sobre como governar a Faixa de Gaza no pós-guerra.
Haniyeh, e o ex-chefe do Hamas, Khaled Mashaal, estariam em contato com o alto funcionário palestino Hussein Al-Sheikh, do Fatah, sobre uma aliança sob a égide da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), relata a mídia.
Os líderes do Hamas nestes diálogos indicaram que estariam dispostos a aderir à OLP e a apoiar as negociações sob um governo de unidade para um Estado palestino dentro das fronteiras de 1967. Mas Husam Badran, membro do gabinete político do Hamas com sede em Doha, disse que o grupo não tem planos de desmilitarizar ou mudar a sua posição em relação a Israel.