A carta de Kounalakis se baseia na recente decisão da Suprema Corte do Colorado no caso Anderson Griswold. A vice-governadora argumenta que esse precedente a levou a concluir que Trump, devido ao seu suposto envolvimento no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, é inelegível para figurar como candidato presidencial nas urnas californianas.
"A Califórnia deve permanecer do lado certo da história", declarou a carta, enfatizando a necessidade de observar as disposições constitucionais, que estabelecem requisitos claros, incluindo a ausência de envolvimento em rebeliões.
A Constituição dos EUA estipula três qualificações para a presidência: o candidato deve ter pelo menos 35 anos, ser cidadão nato e ter vivido nos Estados Unidos por pelo menos 14 anos, conforme destacado pelo site oficial da Casa Branca.
Na noite de terça-feira, a Suprema Corte do Colorado decidiu desqualificar Trump das eleições primárias republicanas de 2024, invocando a 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que impede indivíduos envolvidos em insurreições de ocupar cargos públicos.
A campanha de Trump criticou a decisão, descrevendo-a como "fluida", e anunciou planos de recorrer.
Vale ressaltar que o estado americano com o maior número de delegados é a Califórnia, que possui 36 milhões de habitantes e 55 delegados. Vencer na Califórnia representa conquistar 10% dos votos de todos os delegados do país e uma vantagem para o candidato.