Um avião espacial não tripulado da China pode estar enviando sinais para um alvo próximo à costa oeste da América do Norte, disse um astrônomo amador citado na quinta-feira (21) pelo jornal chinês South China Morning Post (SCMP).
A aeronave secreta chinesa tem sido seguida de perto por rastreadores de satélites em todo o mundo desde que decolou do deserto de Gobi na última quinta-feira (14).
Scott Tilley declarou que fortes emissões na frequência de 2.280 megahertz foram detectadas quando o avião reutilizável estava sobrevoando a Colúmbia Britânica, no oeste do Canadá onde o astrônomo trabalha, disse ele ao SCMP em um e-mail de terça-feira (19).
"Estou vendo um padrão em suas emissões de rádio enquanto me sobrevoa, e parece privilegiar zonas ocidentais de baixa altitude", disse Tilley.
"Isso poderia indicar uma estação terrestre clandestina na costa oeste da América do Norte ou em um navio ao largo da costa", supõe, sublinhando, no entanto, que estava especulando.
De acordo com o rastreador e uma equipe na Suíça especializada em vigilância espacial de banda óptica, o lançamento do avião chinês resultou em pelo menos cinco outros objetos voando agora na órbita baixa da Terra. O astrônomo amador chamou o próprio avião espacial de objeto A, e os restantes objetos de B, C, D, E e F.
Ele também não descartou que os satélites D e E, liberados pelo avião, emitam sinais de rádio semelhantes ao objeto A, "mas sem qualquer forma de dados, apenas material vazio".
Na opinião de Scott Tilley, é possível que eles possam ser usados para "testar operações de encontro e recuperação", embora não se saiba o verdadeiro propósito da dupla de satélites.
Havia também destroços pertencentes ao foguete Long March 2F, que colocou o avião espacial em órbita. O B em particular era "muito brilhante", e sua curva de luz apontava para um estágio superior do foguete, informou a equipe suíça. Os objetos C e F também pareciam ser detritos de foguete porque estavam caindo e eram fracos, segundo o astrônomo.