Nesta quinta-feira (21), Pequim, a maior processadora mundial de terras raras, proibiu a exportação de tecnologia para extrair e separar metais estratégicos. O gigante asiático também proibiu a exportação de tecnologia de produção de metais de terras raras e materiais de liga, bem como tecnologia para preparar alguns ímãs de terras raras.
As decisões são mais um passo chinês visando proteger seu domínio no setor. O argumento para a proibição correspondeu à "proteção da segurança nacional e do interesse público chinês", de acordo com um documento do Ministério do Comércio citado pela agência Reuters.
Até há relativamente pouco tempo quase não existiam refinarias de terras raras fora da China. Isso também significa que as suas empresas e pesquisadores construíram uma vantagem tecnológica e prática substancial na forma de extrair e processar esses materiais, enquanto a especialização em outros locais diminuiu, analisou a agência Bloomberg.
As terras raras são um grupo de 17 metais usados na fabricação de ímãs para uso em veículos elétricos, turbinas eólicas e eletrônicos. O país asiático reforçou significativamente as regras que orientam as exportações de vários metais neste ano, em uma batalha crescente com o Ocidente pelo controle de minerais críticos.
Em agosto, introduziu licenças de exportação para materiais de fabricação de chips, gálio e germânio, seguidas por requisitos semelhantes para vários tipos de grafite desde 1º de dezembro.
Do outro lado, o Ocidente, principalmente Estados Unidos, Japão e Países Baixos, adotou uma série de restrições e embargos ao acesso chinês para o mercado de chips e semicondutores.