A Shanghai Micro Electronics Equipment Group Co. (SMEE, na sigla em inglês) conseguiu um avanço tecnológico em equipamentos de fabricação de chips, disse uma fonte à agência norte-americana Bloomberg, citada na quarta-feira (20).
A SMEE desenvolveu uma máquina de litografia que pode ser usada para fabricar chips de 28 nanômetros, informou na terça-feira (19) o Zhangjiang Group na rede social WeChat. O conglomerado tem participação de controle da Shanghai Zhangjiang Hi-Tech Park Development Co. na bolsa, que é a quarta maior acionista da SMEE, segundo o provedor de dados Tianyancha.
Embora os chips de 28 nm tenham sido disponibilizados pela primeira vez em 2011, este avanço da SMEE significa que a China pode ter reduzido a diferença em relação ao líder do setor em vários anos. Anteriormente, a tecnologia de litografia da própria China estava atrás da ASML em cerca de 20 anos. Os chips de 28 nm continuam sendo essenciais para uma infinidade de produtos, incluindo smartphones e veículos elétricos.
As ações da Zhangjiang subiram até 8% em resposta ao anúncio, apesar de a empresa retirar posteriormente as referências a 28 nm.
A notícia acontece apesar de a empresa estar incluída na lista negra dos EUA desde o final de 2022. Washington tem tomado medidas nos últimos anos para evitar os avanços tecnológicos da China, incluindo sua tentativa de se tornar autossuficiente em semicondutores e tecnologia de fabricação de chips, incluindo litografia. As medidas abrangem lugares como os Países Baixos, Japão, Coreia do Sul e Taiwan.
A SMEE é considerada por especialistas a melhor esperança da China para competir com a holandesa ASML, que detém um monopólio em sistemas de litografia ultravioleta extrema de última geração necessários para a fabricação de semicondutores avançados.