Panorama internacional

Hamas sobre objetivo de Israel de eliminar movimento na Faixa de Gaza: 'Fadado ao fracasso'

Após mais de dois meses de intenso confronto em todo o território da Faixa de Gaza, o braço militar do Hamas — as Brigadas Al-Qassam — declarou em comunicado nesta quinta-feira (21) que o objetivo das Forças de Defesa de Israel (FDI) de eliminar o movimento está "condenado ao fracasso".
Sputnik
A guerra foi declarada por Israel no dia 7 de outubro e já provocou a morte de mais de 20 mil pessoas só no território palestino. Em uma gravação de áudio, o porta-voz militar do Hamas, Abu Obaida, disse ainda que a libertação dos demais reféns mantidos em Gaza depende de um cessar-fogo.
No fim de novembro, após um acordo entre o movimento e Tel Aviv, 105 pessoas que eram mantidas em cárcere no território palestino foram libertadas durante uma trégua que durou uma semana. Cerca de 130 ainda seguem sob o poder do Hamas.
Abu Obaida ainda alegou que "não é possível libertar prisioneiros inimigos vivos sem entrar em negociações". Além disso, o porta-voz alertou ainda que a continuidade dos ataques israelenses na região, o que já deixou mais de 80% da população de Gaza desabrigada, pode levar à morte de mais reféns. Só nesta semana, três corpos foram recuperados por Israel.
Ainda foram divulgados pelo braço militar do movimento um vídeo com outros três reféns que morreram durante um bombardeio israelense.
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Qual a situação atual da Faixa de Gaza?

Considerado um dos conflitos mais sangrentos da história da Faixa de Gaza, a guerra começou após um ataque-surpresa do Hamas que deixou quase 1,2 mil pessoas mortas em Israel, principalmente na região sul.
Em resposta, Tel Aviv lançou uma grande operação contra o enclave palestino, que segue em andamento. Porém, o país é criticado internacionalmente por conta do elevado número de civis mortos durante os ataques, inclusive com suspeitas de crimes de guerra.
Na última quarta (20), a Anistia Internacional exigiu uma investigação urgente sobre o desaparecimento forçado de palestinos na Faixa de Gaza, supostamente levados para Israel. A organização humanitária estima que centenas de pessoas estão presas em centros de detenção no sul do país após terem sido capturadas em operações militares.
O destino dos palestinos detidos por Israel foi alvo de preocupações maiores na última semana, após a mídia do país mostrar dezenas de civis sentados nus em uma rua de Gaza sob custódia militar. A suspeita é de que as imagens, que também flagraram pessoas vendadas com as mãos amarradas, foram divulgadas por um membro do Exército.
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O conflito israelo-palestino relacionado a interesses territoriais tem sido fonte de tensões e conflitos na região por muitas décadas. Uma decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) de 1947 determinou a criação de dois Estados, Israel e Palestina, mas apenas o israelense foi estabelecido.
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