As propriedades especiais das terras-raras permitem que sejam usadas em uma série de aplicações tecnológicas, como superímas de discos rígidos de computadores, motores de carros elétricos, lâmpadas de LED, lasers e, também, na separação de componentes do petróleo.
Os ímãs serão fabricados no Laboratório de Produção de Ímãs de Terras-Raras (LabFabITR) da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). O laboratório foi comprado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) em um investimento de R$ 35 milhões, segundo o jornal O Globo.
O LabFabITR tem capacidade de fabricar 100 toneladas de ímã por ano, com previsão de expandir a quantidade.
"A estrutura vai permitir que as indústrias tenham acesso a ímãs de altíssima tecnologia, que serão uma fonte alternativa de abastecimento. Uma equipe de profissionais está sendo preparada, e a expectativa é de que o laboratório entre em operação em abril do ano que vem, deixando Minas Gerais na vanguarda de terras-raras", afirmou o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, ouvido pela mídia.
A estimativa, segundo o jornal, é que sejam fabricadas 5 toneladas de ímãs e, a partir do segundo ano, elevar esse número para 15 toneladas, aumentando de maneira gradual a cada ano para atender à demanda mineira e, posteriormente, a necessidade nacional e, no futuro, internacional.
Hoje, Pequim representa 90% da produção refinada global de terras-raras. Os ímãs são usados em turbinas eólicas, motores de carros elétricos e equipamentos. A China já informou que deixará de fornecer superímãs para o resto do mundo a partir de 2025.
A mídia sublinha que na transição para energias limpas, capazes de estancar as mudanças climáticas, o Brasil está atraindo investimentos bilionários em terras-raras, mas o país corre o risco de se tornar apenas mais uma vez exportador dessa matéria-prima se não investir na produção nacional do setor.