O Exército ucraniano está enfrentando uma grave escassez de munição, o que dificulta suas operações ofensivas, enquanto a Rússia não parece ter o mesmo problema, informou na sexta-feira (22) o jornal norte-americano The Washington Post, citando militares ucranianos posicionados na linha de frente.
"Nossos artilheiros recebem um limite de projéteis para cada alvo", disse um membro da 128ª Brigada de Assalto à Montanha na região de Zaporozhie, acrescentando que "se o alvo lá for menor, por exemplo, uma posição de morteiro, eles dão cinco ou sete projéteis no total".
"Quanto tempo podemos durar? É difícil dizer, mas não pode ser muito tempo. Todos entendem isso", sublinhou ele.
Outro soldado ucraniano revelou que sua unidade agora dispara apenas de dez a 20 projéteis por dia em posições russas, enquanto anteriormente costumava usar uma média de 50 projéteis e, às vezes, até 90.
"O que você pode fazer com dez projéteis por dia? Isso não é suficiente para responder aos seus avanços, nem mesmo estamos falando em atacar suas posições", apontou.
Enquanto isso, Ivan Zadontsev, assessor de imprensa do 24º Batalhão de Assalto Separado, informou que a unidade reduziu o fogo em 90% em comparação com os meados do ano.
Os militares ucranianos entrevistados também reconheceram que não detetaram nenhuma indicação de que a Rússia esteja enfrentando uma escassez semelhante de projéteis de artilharia.