William Burns, diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA se tornou uma figura chave nos esforços de Washington para libertar os reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza, informou na sexta-feira (22) a agência norte-americana Bloomberg.
Citando responsáveis regionais, a mídia indica que Burns se reuniu nas últimas semanas com David Barnea, chefe da agência de espionagem israelense Mossad, bem como com altos funcionários do Catar e outras autoridades regionais, na tentativa de libertar os reféns.
O diretor da CIA trabalhou em estreita colaboração com Israel e desempenhou um papel fundamental nas negociações de trégua na Faixa de Gaza, disseram as fontes. Ele também teria se reunido recentemente com as famílias dos reféns americanos.
"A diplomacia de Burns, que fala árabe, entre outros idiomas, rapidamente lhe rendeu uma reputação entre os governos árabes como um interlocutor-chave dos EUA na crise atual", disse a Bloomberg.
A agência explica que o papel do chefe da inteligência dos EUA se deve à "sua experiência única como ex-embaixador dos EUA e funcionário sênior do Departamento de Estado" do país, bem como à sua "capacidade de se mover discretamente".
"Ao contrário do [secretário de Estado Antony] Blinken ou do [secretário de Defesa Lloyd] Austin, Burns não precisa anunciar sua agenda, levar repórteres em viagens ou realizar coletivas de imprensa", referiu a mídia.