O mar Mediterrâneo poderia ser fechado se os Estados Unidos e seus aliados continuassem cometendo "crimes" em Gaza, anunciou um comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) do Irã, citado no sábado (23) pela agência iraniana Tasnim.
"Eles logo aguardarão o fechamento do mar Mediterrâneo, [do estreito] de Gibraltar e de outras vias navegáveis", disse a mídia citando o general de brigada Mohammad Naqdi, comandante coordenador do IRGC.
Embora o Irã não tenha acesso direto ao mar Mediterrâneo, Naqdi falou do "nascimento de novos poderes de resistência e o fechamento de outras vias navegáveis".
"Ontem, o golfo Pérsico e o estreito de Ormuz se tornaram um pesadelo para eles, e hoje eles estão presos [...] no mar Vermelho", disse Naqdi.
O Irã apoia o Hamas contra Israel e acusa os EUA de apoiar o que chama de crimes israelenses em Gaza, onde meses de bombardeios provocaram mais de 20.000 mortes palestinas e expulsaram a maior parte da população de suas casas.
Em novembro, o grupo militante dos houthis do Iêmen, acusado por países ocidentais de ser alinhado com o Irã, atacou navios mercantes que navegavam pelo mar Vermelho em retaliação ao ataque de Israel a Gaza, levando algumas empresas de navegação a mudar de rota. As embarcações ligadas a Israel são os maiores alvos dos houthis.
Além deles, os países ocidentais veem o Hezbollah, no Líbano, e milicias aliadas na Síria, ambos os países na costa oriental do mar Mediterrâneo, como sendo dirigidos por Teerã.