Os rebeldes houthis lançaram novos ataques com quatro drones contra um destróier dos EUA e dois navios mercantes no mar Vermelho, informou no domingo (24) o Comando Central dos EUA (CENTCOM, na sigla em inglês).
"Aproximadamente às 20h00 [horário local, 14h00, no horário de Brasília], o Comando Central das Forças Navais dos EUA recebeu relatos de dois navios no sul do mar Vermelho de que estavam sendo atacados. O M/V BLAAMANEN, um navio petroquímico de bandeira norueguesa, de propriedade e operado por eles, relatou ter quase sido atingido por um drone de ataque unidirecional houthi, sem feridos ou danos relatados", detalhou o comunicado na rede social X (antigo Twitter).
"Uma segunda embarcação, o M/V SAIBABA, um navio de carga de petróleo bruto de propriedade do Gabão e bandeira indiana, informou que foi atingido por um drone de ataque unidirecional, sem registro de feridos", continuou o CENTCOM, mencionando que mísseis balísticos antinavio foram usados nos ataques.
O USS Laboon, o destróier visado, respondeu aos pedidos de socorro recebidos após os ataques e abateu os quatro drones, acrescentou o órgão militar norte-americano.
"Esses […] representam o 14º e o 15º ataques a navios comerciais por militantes houthis desde 17 de outubro", apontou o CENTCOM.
Após a escalada do conflito armado entre Israel e o movimento palestino Hamas em outubro, o movimento rebelde Ansar Allah do Iêmen, também conhecido como houthis, intensificou seus ataques a navios de carga ligados a Israel no mar Vermelho e no mar da Arábia, e prometeu continuar os ataques até que Israel cesse suas ações militares na Faixa de Gaza.
Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, anunciou na segunda-feira (18) a criação de uma operação multinacional para proteger o mar Vermelho em meio ao aumento dos ataques dos houthis a cargueiros, dizendo que o Bahrein, Canadá, Espanha, França, Itália, Noruega, os Países Baixos, o Reino Unido e os Seychelles participariam da missão. Os houthis, por sua vez, prometeram atacar todos os navios que se juntarem à coalizão marítima liderada pelos norte-americanos.