As Forças Armadas ucranianas afirmaram não saber como mobilizar mais 500 mil soldados, pois os voluntários se "esgotaram".
"Os voluntários que queriam ingressar nas Forças Armadas ucranianas acabaram [...]. Em relação a saber exatamente quando será a mobilização e com que qualidade, é difícil dizer [...] como implementá-la fisicamente, não há entendimento", disse o major-general das forças ucranianas Dmitry Marchenko em entrevista à Deutsche Welle.
Segundo Marchenko, por cada 100 militares que morrem no front, apenas 20 serão mobilizados para os substituir. Ao mesmo tempo, o major-general reagiu positivamente à proposta de baixar o limite de idade de mobilização de 27 para 25 anos e tentar obter a extradição daqueles que fugiram do país, acrescentando que "não vale a pena preencher os buracos do front com mulheres quando a massa de homens estão escondidos no exterior."
Em uma conferência de imprensa em 19 de dezembro, Vladimir Zelensky apresentou pela primeira vez números para uma nova mobilização em grande escala.
Ele disse que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas o abordou com um pedido para mobilizar mais 450.000-500.000 pessoas. De acordo com Zelensky, tal mobilização custaria à Ucrânia cerca de US$ 13,4 bilhões (aproximadamente R$ 65,03 bilhões).
Mais tarde, Aleksei Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa (NSDC, na sigla em inglês) da Ucrânia disse que a mobilização de um número tão grande de pessoas levaria pelo menos um ano.
Os oficiais de recrutamento militar podem cumprir intimações em locais públicos, e vídeos de incidentes nas ruas, em postos de gasolina e em cafés têm circulado nas redes sociais.