"Um navio de guerra dos EUA disparou histericamente durante uma missão de reconhecimento das forças iemenitas no mar Vermelho", disse o porta-voz houthi Mohammed Abdul-Salam em um comunicado neste domingo (24). Um dos mísseis quase atingiu um petroleiro com bandeira do Gabão que viajava da Rússia, acrescentou o porta-voz.
"O mar Vermelho será uma arena em chamas se os EUA e seus aliados continuarem seu bullying. Os países que fazem fronteira com o mar Vermelho devem perceber a realidade dos perigos que ameaçam sua segurança nacional", advertiu Abdul-Salam. "A ameaça à navegação marítima internacional" é o resultado da "militarização do mar Vermelho pelos EUA e seus parceiros, que vieram à região sem qualquer motivo legítimo além de fornecer serviços de segurança para navios israelenses inimigos", disse o porta-voz.
A declaração dos houthis contradiz um relatório de pós-ação divulgado pelo Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) no início da manhã de domingo (24), alegando que os houthis lançaram dois mísseis antinavio nas rotas de navegação do mar Vermelho em 23 de dezembro.
"[…] Um segundo navio, o M/V Saibaba, de propriedade do Gabão, um petroleiro de bandeira indiana, informou que foi atingido por um drone de ataque unidirecional sem ferimentos relatados. O USS Laboon respondeu aos pedidos de socorro desses ataques", disse a CENTCOM.
De acordo com MarineTraffic, o navio Saibaba navega sob a bandeira do Gabão, não da Índia. Os houthis disseram que eles vão intencionalmente atingir apenas cargas comerciais que são de propriedade israelense ou ligadas, ou navegando de ou para Israel.