Pequim acusou na segunda-feira (25) as Filipinas de violar repetidamente o território chinês no mar do Sul da China, espalhando informações falsas e conspirando com forças externas para causar problemas.
As Filipinas têm contado com o apoio dos EUA para provocar continuamente a China, e esse comportamento "extremamente perigoso" prejudica seriamente a paz e a estabilidade regionais, escreveu na segunda-feira (25) em um artigo de opinião o jornal chinês People's Daily.
Washington tem usado com frequência seu tratado de defesa com Manila para "ameaçar" a China, apoiando descaradamente as violações filipinas da soberania chinesa e "vendendo ansiedades de segurança", escreveu a mídia.
Isso é "extremamente irresponsável e perigoso", disse o comentário.
"A China não cederá em sua determinação de proteger sua soberania territorial e seus direitos e interesses marítimos", disse em uma coletiva de imprensa de segunda-feira (25) Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
"Dito isso, a porta de diálogo da China continua aberta. Estamos prontos para trabalhar com as Filipinas para lidar adequadamente com as questões marítimas por meio de negociações e consultas", continuou ela.
As tensões entre Pequim e Manila aumentaram nos últimos meses, com os dois lados trocando acusações sobre uma série de conflitos no mar do Sul da China.
Pequim reivindica 90% do mar do Sul da China, sobrepondo-se às zonas econômicas exclusivas do Vietnã, Malásia, Brunei, Indonésia e Filipinas. Pequim se apoderou do atol Scarborough em 2012 e forçou os pescadores das Filipinas a navegar mais longe, o que resultou em pescas improdutivas.
Pequim também disputa com Manila a área em torno do BRP Sierra Madre, um navio americano da Segunda Guerra Mundial encalhado intencionalmente pelas forças filipinas em 1999 para exigir controle sobre a região.