As autoridades da República Democrática do Congo (RDC) proibiram os protestos convocados pela oposição contra supostas irregularidades durante as eleições presidenciais, realizadas na semana passada, disse o vice-primeiro-ministro da RDC, Peter Kazadi, nesta terça-feira (26).
Candidatos da oposição queriam realizar uma manifestação para protestar contra supostas violações eleitorais e a prorrogação dos prazos de votação. Eles acreditam que os resultados das eleições devem ser anulados.
"Esta manifestação pública da oposição viola as disposições legais que estipulam que os resultados [eleitorais] devem ser contestados perante o tribunal constitucional ou outros tribunais competentes", disse Kazadi, citado pelo meio de comunicação Politico.
Também ao jornal da RDC, Acacia Bandubola, membro da equipe de campanha do presidente Felix Tshisekedi, chamou os esforços para a anulação da eleição de "falta de respeito" aos cidadãos congoleses.
As eleições presidenciais, parlamentares, locais e municipais estavam marcadas para acontecer somente no dia 20 de dezembro, mas a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) foi forçada a permitir que as votações continuassem no dia 21 em diversas áreas devido a problemas logísticos.
O atual presidente do país, Felix Tshisekedi, concorreu ao segundo mandato contra um empresário e político congolês, o ex-governador da província meridional de Katanga, Moise Katumbi.
Os resultados preliminares divulgados pela comissão eleitoral na segunda-feira (25) mostram Tshisekedi liderando por uma ampla margem, com mais de 80% dos votos.