Em mais uma escalada da guerra na região, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram nesta terça-feira (26) que vão intensificar os ataques em campos de refugiados. Residentes de Nuseirat, Maghazi e Bureij já haviam relatado o aumento dos bombardeios.
As áreas abrigam famílias palestinas que fugiram ou foram expulsas de suas casas durante a guerra de 1948, que levou à criação do país judeu. Desde então, as localidades são consideradas campos de refugiados.
O porta-voz militar israelense, o contra-almirante Daniel Hagari, afirmou à Associated Press que foram ampliados "os combates para uma área conhecida como os campos centrais", quando ordenaram que os moradores abandonassem a região.
Além disso, cidades em Gaza voltaram a ficar sem os serviços de Internet e telefonia, enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou que a guerra "não está nem perto de terminar".
Quem luta na Faixa de Gaza?
Israel declarou guerra contra o Hamas após os ataques do dia 7 de outubro, que deixaram mais de 1,2 mil mortos, principalmente no sul do país. Desde então, houve somente uma parada humanitária que durou uma semana para a entrega de ajuda e libertação de parte dos reféns.
A situação humanitária em Gaza é crítica: mais de 85% da população está desabrigada por conta da destruição causada pelos ataques. Pelo menos um quarto está em situação de altíssima vulnerabilidade alimentar, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), por conta da pequena entrada de alimentos, água, combustível e remédios no território.
Deir al-Balah e Rafah, no sul do enclave, estão sobrecarregadas com a chegada de pessoas deslocadas, que passam pelo posto de controle, inclusive durante bombardeios israelenses.