"O Ministério das Relações Exteriores anunciou que os pedidos de visto por funcionários da ONU não serão mais concedidos automaticamente e serão considerados caso a caso", disse o porta-voz do governo israelense em mensagem de vídeo.
Levy acusou as autoridades internacionais de "desviar a culpa para Israel para encobrir o fato de que estão encobrindo o Hamas".
"Israel deixará de trabalhar com aqueles que cooperam com a máquina de propaganda do regime terrorista do Hamas, e instamos nossos aliados a fazerem o mesmo e a defenderem a integridade básica nas instituições globais, que devem servir, e não sabotar a segurança internacional", afirmou ele.
O anúncio ocorreu um dia após o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, ter dito que havia instruído o ministério a não prorrogar o visto de um funcionário da ONU em Israel e a negar o pedido de visto de outro trabalhador. Ele também acusou o secretário-geral da ONU, António Guterres, de legitimar crimes de guerra.
Francesca Albanese, relatora especial da ONU para a Palestina, criticou Cohen nas redes sociais por lançar "ataques infundados" contra a ONU, o que, segundo ela, apenas prova a "covardia moral" de Israel. Ela acrescentou que a organização ficou enfraquecida por décadas de impunidade israelense por colonizar terras palestinas ocupadas e forçar palestinos a abandonarem suas casas.