No sábado (23), o navio-tanque MV Chem Pluto foi atacado por um drone a 200 milhas náuticas da costa oeste da Índia. A ação provocou uma explosão seguida de incêndio na embarcação que transportava produtos químicos com bandeira da Libéria, conforme noticiado.
Nesta terça-feira (26), a Marinha indiana comunicou a implantação de destróieres de mísseis guiados no mar da Arábia como medida de dissuasão após o ataque de dois dias atrás.
"Considerando a recente onda de ataques no mar da Arábia, a Marinha da Índia implantou destróieres de mísseis guiados [nomeadamente] INS Mormugao, INS Kochi e INS Kolkata [...] em várias áreas para manter uma presença dissuasora", afirmou a força, citada pelo jornal Nikkei Asia.
Imagens dos danos causados pelo suposto ataque de drones ao navio mercante MV Chem Pluto perto da Índia. Uma equipe da Marinha indiana está avaliando os danos causados pelo ataque e também investigando como o ataque foi realizado no mar da Arábia
O ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, disse hoje (26) que "o governo da Índia levou este ataque muito a sério. A Marinha aumentou sua vigilância. Os autores destes ataques serão em breve levados à Justiça e serão tomadas medidas rigorosas contra eles", segundo o jornal The Indian Express.
"Com o Himalaia no norte e o comportamento hostil do Paquistão no oeste, a maior parte do comércio de mercadorias da Índia ocorre através do mar, o que a torna um país insular. Portanto, tornou-se ainda mais necessário desenvolver e modernizar continuamente as capacidades da Marinha. O comércio global é de grande importância para a Índia garantir os seus interesses nacionais", declarou.
O MV Chem Pluto atracou em Mumbai ontem (25). Uma equipe de eliminação de bombas da Marinha indiana inspecionou a embarcação para fazer uma avaliação preliminar do incidente e encontrou evidências que apontavam o ataque de drone.
"Serão necessárias análise forense e técnicas adicionais para estabelecer o vetor de ataque, incluindo o tipo e a quantidade de explosivo utilizado", disse a Marinha.
O jornal indiano especulou que o petroleiro poderia ter sido alvo de sua "afiliação israelense", afirmando que a operadora do navio-tanque, a Ace Quantum Chemical Tankers, com sede em Amsterdã, é propriedade conjunta do bilionário israelense Idan Ofer.
O Pentágono disse que há grandes chances de o drone que atacou a embarcação no mar da Arábia ser iraniano, e que a inteligência do Irã estava ajudando os houthis a fazerem os ataques em sequência no mar Vermelho desde outubro. Teerã negou as acusações no sábado (23) as chamando de "infundadas".