A Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, na sigla em inglês) está lutando para reconstruir sua desmantelada rede de espionagem na China, relataram ao The Wall Street Journal (WSJ) autoridades estadunidenses na condição de anonimato.
Segundo eles, o objetivo é restaurar as "capacidades de informação humana" da CIA na República Popular da China, onde a agência perdeu sua rede de agentes há uma década.
As fontes referiram-se ao que descreveram como agentes de contraespionagem de Pequim, que "quase cegaram" os agentes da CIA na China na época, quando os oficiais relataram que pelos menos "duas dúzias de funcionários" que forneciam informações aos EUA foram executados ou colocados atrás das grades.
As autoridades alegaram que os EUA atualmente se debatem com uma compreensão limitada dos planos secretos do presidente chinês Xi Jinping e seus associados sobre questões-chave de segurança, incluindo as relativas a Taiwan.
"Não temos uma visão real dos planos e intenções de liderança [chineses] na China", disse uma fonte.
As autoridades dos EUA acrescentaram que os detalhes do que deu errado não são conhecidos ao público e não está claro se alguns dos funcionários da CIA foram responsabilizados. Um funcionário observou que as perdas da agência na China eram "terríveis".
As alegações vieram depois que o diretor da CIA, William Burns, disse em uma entrevista ao WSJ que a China continua no topo da lista de objetivos da agência.