Na entrevista, Campos Neto afirmou que tem se aproximado cada vez mais do ministro Fernando Haddad ao admitir que é "muito difícil cortar gastos neste país". Ele afirmou também que as análises econômicas "têm errado muito ultimamente":
"[As análises econômicas] têm errado o crescimento, têm errado um pouco a inflação, têm errado muito emprego, têm errado os números de crédito", declarou.
O presidente do Banco Central disse ainda que deseja entregar a inflação na meta, além dos juros mais baixos possíveis no último ano de seu mandato, que se encerra em 2024.
De acordo com Campos Neto, a nota de crédito do Brasil poderia ser melhor, mesmo com a recente melhoria da classificação feita pela S&P.
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a economia brasileira em 2024, dizendo que ficou "irritado" e que no final do ano que vem vai "provar que erraram".
Lula já havia criticado a previsão de crescimento do produto interno bruto (PIB) feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em agosto deste ano.