O ministro-presidente da Saxônia, Michael Kretschmer, disse ao jornal Der Spiegel na quarta-feira (27) que era "hora de uma solução final" para o conflito de 23 meses, enquanto defendia que Kiev considerasse o congelamento das fronteiras atuais em troca de um cessar-fogo.
"Pode ser que a Ucrânia deva primeiro aceitar que certos territórios são temporariamente inacessíveis à Ucrânia no caso de um cessar-fogo. [...] Como em outros grandes conflitos, é hora de uma solução final."
Kretschmer também instou o governo alemão a dar uma "inversão de marcha" em relação às suas políticas sobre Moscou, alertando que a Rússia é "um vizinho imprevisível" da Alemanha e "enfraquecer" a sua posição "estabelece as bases para novos conflitos".
Vale lembrar que as sanções contra fontes de energia russas, impostas após o início da operação militar na Ucrânia, causaram grande crise energética na Europa e "custaram caro à Alemanha", cuja dívida pública atingiu um recorde, conforme relembrou o jornal turco Yeni Safak.
Uma pesquisa feita pelo jornal alemão Bild e divulgada pela agência Bloomberg no começo do mês mostrou que mais da metade dos eleitores alemães estão insatisfeitos com o governo de coligação do chanceler Olaf Scholz e querem eleições antecipadas, segundo pesquisa.
De acordo com o Euronews, a recessão econômica que o país enfrenta surge na perda do gás natural barato de Moscou pelas sanções impostas pelo bloco europeu. As indústrias sentiram o choque sem precedentes que ecoa até agora, relata a mídia.