O diretor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês), Thomas White, acusou o Exército israelense de atacar um comboio de ajuda humanitária da entidade na Faixa de Gaza.
"Soldados israelenses dispararam contra um comboio de ajuda que voltava do Norte de Gaza ao longo de uma rota designada pelo Exército de Israel. O líder do nosso comboio e sua equipe não ficaram feridos, mas um veículo foi danificado", publicou em sua conta no X (ex-Twitter), reiterando, ainda, que os trabalhadores humanitários não deveriam ser alvos.
Também nesta sexta-feira (29), o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários e coordenador de Ajuda e Emergência, Martin Griffiths, chamou de "impossível" a situação das pessoas em Gaza. "Você acha que é fácil levar ajuda para Gaza? Pense novamente", provocou, em uma postagem na rede social.
Griffiths listou uma série de dificuldades encaradas no enclave: bombardeios constantes, obstruções para a chegada da ajuda humanitária — "três etapas de inspeção antes que um caminhão possa entrar", detalhou —, uma lista de itens que são rejeitados, trabalhadores humanitários mortos, comunicação insuficiente.
"Os combates têm que parar", finalizou o subsecretário da agência.
O conflito entre Israel e Hamas já dura mais de 60 dias. Até o momento, mais de 21,4 mil palestinos morreram desde que as Forças de Defesa de Israel (FDI) começaram a ofensiva na Faixa de Gaza, em resposta aos ataques do Hamas contra Israel no dia 7 de outubro, em resultado do qual já morreram 1,2 mil israelenses.