Panorama internacional

Scholz usa discurso de Ano Novo para abordar o conflito na Ucrânia e acusa a Rússia de corte de gás

O chanceler alemão, Olaf Scholz, aproveitou o seu discurso de Ano Novo para abordar o conflito na Ucrânia e reiterar a sua afirmação de que a Rússia tinha "fechado a torneira do gás" para a Europa.
Sputnik
No início deste mês, o chanceler culpou a Rússia pelo corte do fornecimento de gás por gasodutos à Europa e pelo consequente aumento dos preços da energia. O vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, disse, por sua vez, nas redes sociais que foi a Europa que rejeitou o fornecimento de gás da Rússia e acusou o líder alemão de "mentir descaradamente".
Scholz recapitulou os principais desenvolvimentos em todo o mundo no discurso, dizendo que a Rússia "desencadeou" um conflito armado "no centro da Europa" após a pandemia de COVID-19.
"Pouco depois disso, o presidente russo [Vladimir Putin] fechou a torneira do gás. E no outono [do Hemisfério Norte], o [movimento palestino] Hamas realizou um ataque terrorista brutal contra Israel. Tanto sofrimento, tanto derramamento de sangue", disse Scholz.
Ele acrescentou que o mundo se tornou "mais turbulento e difícil".
"Está mudando a um ritmo quase vertiginoso. E nós devemos mudar também. Isto perturba muitos de nós. Para alguns, causa insatisfação. Levo isso a sério. E, ao mesmo tempo, sei que podemos lidar com isso na Alemanha", disse Scholz.
Depois da Rússia ter iniciado a sua operação militar especial na Ucrânia, o Ocidente procurou ativamente formas de limitar as receitas de Moscou relacionadas com a energia, nomeadamente provenientes do petróleo e do gás. Além disso, o conflito na Ucrânia também interrompeu o fluxo de gás russo para a Europa, o que levou a um aumento nos preços da energia e à escassez, forçando os países a procurar alternativas.
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