O ex-presidente ucraniano Pyotr Poroshenko (2014–2019) se comprometeu a financiar a reconstrução de um museu dedicado ao oficial nacionalista ucraniano Roman Shukhevich, que atuou como colaborador do regime nazista da Alemanha de Adolf Hitler.
Localizado na cidade de Lvov, o museu foi destruído em um ataque russo realizado na madrugada do dia 1º de dezembro. Logo após o local ser destruído, Poroshenko publicou uma postagem no Facebook elogiando o oficial nazista e se comprometendo a colaborar, junto com sua esposa, Marina Poroshenko, com a reconstrução do museu.
"Roman Shukhevich era uma pessoa extraordinária. Ele sempre sabia para onde ir. Eu e Marina Poroshenko decidimos reconstruir o Museu Shukhevich, que hoje foi destruído, para preservá-lo para os descendentes. Nosso fundo Poroshenko financiará todas as obras necessárias", disse o ex-presidente ucraniano.
Poroshenko destacou a atuação de Shukhevich na criação do Exército Insurgente da Ucrânia sem, no entanto, mencionar o envolvimento do Exército em várias atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, incluindo a extensa limpeza étnica da população judaica e polonesa da Ucrânia.
O ex-presidente ucraniano também omitiu o serviço prestado por Shukhevich nas fileiras da SS nazista durante a Segunda Guerra Mundial, bem como o seu envolvimento em atividades terroristas na então região polonesa de Lvov, onde atuou como um dos líderes da Organização dos Nacionalistas Ucranianos durante o período entreguerras.
O museu foi completamente destruído pelas chamas após um ataque com drones da Rússia na madrugada de Ano-Novo. Outro local ligado a nacionalistas ucranianos que foi destruído no ataque foi a Universidade Nacional Agrária de Lvov, conhecida como a instituição de Stepan Bandera, outro colaborador nazista exaltado pelo regime de Kiev.