A informação foi divulgada pelo jornal The Times of Israel. O processo acusa o Ministério da Defesa e o Exército de Israel de negligência e ainda pede uma indenização de 50 milhões de euros (R$ 269 milhões).
Além disso, o texto apresentado relata que as autoridades israelenses sabiam das ameaças de ataque contra o festival, que foi realizado no kibutz Rei'm, próximo à fronteira com a Faixa de Gaza.
Na ocasião, o Hamas fez um ataque-surpresa com foguetes contra o território israelense, além de invadir o país pela região sul. Com isso, Israel declarou guerra ao movimento em Gaza, onde mais de 22 mil pessoas já morreram e o conflito segue sem expectativa de acabar, após quase três meses.
"Seria necessária uma única chamada telefônica de funcionários das Forças de Defesa de Israel [FDI] ao comandante responsável pela festa para que fosse imediatamente dispersada", informou a ação que foi divulgada pela mídia israelense.
Além das mortes, a publicação relata lesões físicas e mentais em centenas de participantes da festa, causadas por "negligência e grave descuido" das forças de segurança. Quase 370 participantes do festival foram mortos durante o ataque, e outros 40, sequestrados, sendo que alguns ainda seguem sob o poder do movimento.
"Muitos ficaram feridos física ou mentalmente, incluindo os que apresentaram esta queixa", enfatiza a ação.
Gaza vive crise humanitária sem precedentes
Já a retaliação israelense ao Hamas na Faixa de Gaza provocou uma crise humanitária sem precedentes no território, onde mais de 90% da população passam fome, segundo as Nações Unidas.
Além disso, cerca de 2 milhões dos 2,3 milhões de habitantes foram obrigados a abandonarem suas casas e vivem em áreas improvisadas, sem o básico.
A ajuda humanitária tem chegado a conta-gotas, e sequer hospitais e centros de saúde foram poupados pelos bombardeios provocados pelas FDI.