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Grupo de sobreviventes de festival de música atacado pelo Hamas processa governo israelense

Um tribunal de Tel Aviv recebeu uma ação coletiva de cerca de 50 pessoas que estavam no festival de música eletrônica atacado em 7 de outubro por militantes do Hamas na ação que deixou quase 1,2 mil mortos no sul de Israel. Vários participantes do evento foram mortos, entre eles um brasileiro de 23 anos.
Sputnik
A informação foi divulgada pelo jornal The Times of Israel. O processo acusa o Ministério da Defesa e o Exército de Israel de negligência e ainda pede uma indenização de 50 milhões de euros (R$ 269 milhões).
Além disso, o texto apresentado relata que as autoridades israelenses sabiam das ameaças de ataque contra o festival, que foi realizado no kibutz Rei'm, próximo à fronteira com a Faixa de Gaza.
Na ocasião, o Hamas fez um ataque-surpresa com foguetes contra o território israelense, além de invadir o país pela região sul. Com isso, Israel declarou guerra ao movimento em Gaza, onde mais de 22 mil pessoas já morreram e o conflito segue sem expectativa de acabar, após quase três meses.
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"Seria necessária uma única chamada telefônica de funcionários das Forças de Defesa de Israel [FDI] ao comandante responsável pela festa para que fosse imediatamente dispersada", informou a ação que foi divulgada pela mídia israelense.
Além das mortes, a publicação relata lesões físicas e mentais em centenas de participantes da festa, causadas por "negligência e grave descuido" das forças de segurança. Quase 370 participantes do festival foram mortos durante o ataque, e outros 40, sequestrados, sendo que alguns ainda seguem sob o poder do movimento.

"Muitos ficaram feridos física ou mentalmente, incluindo os que apresentaram esta queixa", enfatiza a ação.

Gaza vive crise humanitária sem precedentes

Já a retaliação israelense ao Hamas na Faixa de Gaza provocou uma crise humanitária sem precedentes no território, onde mais de 90% da população passam fome, segundo as Nações Unidas.
Além disso, cerca de 2 milhões dos 2,3 milhões de habitantes foram obrigados a abandonarem suas casas e vivem em áreas improvisadas, sem o básico.
A ajuda humanitária tem chegado a conta-gotas, e sequer hospitais e centros de saúde foram poupados pelos bombardeios provocados pelas FDI.
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