Nesta terça-feira (2), o vice-chefe do Hamas, Saleh al-Arouri, foi morto após uma explosão provocada supostamente por um drone israelense que atacou o escritório do Hamas no subúrbio de Dahiyeh, ao sul de Beirute.
Discursando horas após o assassinato de Al-Arouri, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), contra-almirante Daniel Hagari, abriu seu briefing noturno dizendo que os militares estão em um "nível muito alto de prontidão em todas as arenas, na defensiva e na ofensiva", segundo o jornal The Times of Israel.
"Estamos em alto estado de prontidão para qualquer cenário. A coisa mais importante a dizer esta noite é que […] continuamos focados na luta contra o Hamas", disse Hagari, evitando mencionar Al-Arouri, escreve a mídia.
O membro do escritório político do Hamas Izzat al-Rishq reagiu ao ataque à sede da organização em Beirute e garantiu que "os assassinatos covardes […] não serão capazes de quebrar a vontade e a resistência do nosso povo".
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, acusou Israel de realizar um ataque de drones a Beirute "para arrastar o Líbano para uma nova fase do confronto" entre Tel Aviv e o Hamas, conforme noticiado.
O governo iraniano também reagiu ao ocorrido através de sua chancelaria. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, condenou o "assassinato desprezível" de Saleh al-Arouri, dizendo que a ação vai impulsionar ainda mais a luta.
"O sangue do mártir vai, sem dúvida, acender outra onda nas veias da resistência e motivar a luta contra os ocupantes sionistas, não só na Palestina, mas também na região e entre todos os que procuram a liberdade em todo o mundo", afirmou Kanaani segundo a mídia.
Além do vice-chefe, o ataque deixou outras cinco pessoas mortas até o momento, incluindo outros dois membros do alto comando do grupo Hamas.