O conflito é um dos mais sangrentos da história recente do Oriente Médio e já provocou a morte de mais de 22 mil palestinos. Para além dos ataques mortais, os bombardeios israelenses têm deixado um rastro de destruição em toda a Faixa de Gaza — pelo menos 85% dos 2,3 milhões de habitantes foram obrigados a deixar suas casas para viverem em abrigos improvisados.
"Os atuais planos do governo [de Israel] incluem a administração dos distritos do enclave por clãs locais de Gaza, e não pela Autoridade Palestina", diz o canal norte-americano.
Conforme o funcionário, áreas específicas de Gaza seriam divididas entre os clãs, que também ficariam responsáveis pela ajuda humanitária. Além disso, Israel quer estabelecer uma zona de segurança temporária ao redor do enclave palestino.
A expectativa é que o gabinete do primeiro-ministro faça em breve um encontro para discutir os planos "para a reconstrução de Gaza após o Hamas".
Tensões já duram quase três meses
Em 7 de outubro, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes do movimento palestino Hamas, quando cerca de 1,2 mil pessoas morreram. Com isso, o país judeu declarou guerra. No final de outubro, começou a fase terrestre da operação no enclave, que foi efetivamente dividido entre norte e sul.
Após o fim de um cessar-fogo de uma semana em dezembro, Tel Aviv afirmou que 110 reféns haviam sido libertados pelo Hamas, enquanto outros 126 seguiam em Gaza.
O conflito na região, relacionado a interesses territoriais, tem sido fonte de tensões por várias décadas. Uma decisão da ONU em 1947 determinou a criação de dois Estados, Israel e Palestina, mas apenas o Estado israelense foi estabelecido.
Temor de escalada do conflito no Oriente Médio
Nesta terça-feira (2), o vice-chefe do Hamas, Saleh al-Arouri, foi morto após uma explosão provocada supostamente por um drone israelense que atacou o escritório do Hamas no subúrbio de Dahiyeh, ao sul de Beirute.
Discursando horas após o assassinato de al-Arouri, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), contra-almirante Daniel Hagari, abriu seu briefing noturno dizendo que os militares estão em um "nível muito alto de prontidão em todas as arenas, na defensiva e na ofensiva".
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, acusou Israel de realizar um ataque de drones a Beirute "para arrastar o Líbano para uma nova fase do confronto" entre Tel Aviv e o Hamas.