Panorama internacional

Egito abandona mediação Israel-Hamas após morte de vice-chefe; Tel Aviv não avisou EUA sobre ataque

Egito decidiu congelar seu papel de mediador no conflito entre Israel e Hamas após o vice-líder do grupo Hamas, Saleh al-Arouri, ser assassinado no Líbano ontem (3). Governo Biden não foi alertado por Israel sobre ação em Beirute.
Sputnik
De acordo com a agência EFE, Cairo suspendeu as tratativas sem maiores formalidades, mas segundo o jornal O Globo, o governo egípcio informou a Tel Aviv sobre a suspensão de sua participação nas negociações em uma nota oficial.
O Hamas e Jihad Islâmica também informaram a Cairo da suspensão das negociações com Israel.
Um alto funcionário egípcio disse ao canal Al-Qahera News que "não havia alternativa ao caminho da negociação para resolver a crise na Faixa de Gaza". A autoridade, falando sob condição de anonimato, sublinhou o papel indispensável do Egito no processo de paz.
"Na ausência de mediação egípcia, a gravidade da crise pode aumentar e piorar para além das estimativas de todas as partes."
As autoridades egípcias, atuando como mediadoras, apresentaram um plano de três fases para pôr fim à guerra em Gaza.
Embora os detalhes do plano não tenham sido divulgados, fontes palestinas e egípcias familiarizadas com as discussões indicaram que a primeira fase envolveria uma proposta de trégua de duas semanas, condicionada à libertação de 40 israelenses e 120 palestinos.
O objetivo final do plano de três pontos é conseguir a cessação definitiva dos ataques a Gaza e a retirada do Exército israelense.
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Ontem (2), Saleh al-Arouri foi assassinado quando estava em um escritório do Hamas em Beirute, capital do Líbano. Junto a ele, mais cinco pessoas foram mortas – incluindo mais dois altos funcionários do Hamas – com a explosão do drone que supostamente tem origem israelense.
Segundo o jornal The Times of Israel, Israel não avisou antecipadamente aos Estados Unidos sobre o ataque e apenas notificou a administração Biden enquanto a ação estava em andamento. Até agora, Tel Aviv não assumiu publicamente a responsabilidade pelo assassinato.
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