"Nós opomos totalmente ao deslocamento forçado em geral. Isso tem que estar absolutamente claro", disse a porta-voz em uma coletiva de imprensa quando perguntada sobre as declarações recentes feitas por ministros israelenses sobre a saída de palestinos de Gaza.
"Todas as pessoas têm direito à proteção contra o deslocamento forçado", afirmou Soto Niño.
No dia 31 de dezembro, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, declarou ser favorável que os palestinos abandonassem Gaza, para que os israelenses pudessem "fazer florescer no deserto".
"Para termos segurança devemos controlar o território [Faixa de Gaza]. Para controlar militarmente o território por muito tempo, precisamos de presença civil", afirmou o ministro à mídia local quando perguntado sobre restabelecimento dos assentamentos ilegais israelenses no território palestino.
De acordo com o ministro, o governo israelense deveria "encorajar" os palestinos a deixarem o território.
Fontes consultadas recentemente pela Sputnik asseguram que Israel planeja "realocar" milhares de palestinos em territórios de países vizinhos da Faixa de Gaza, como o Egito.
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, também fez declarações que vão de encontro à desapropriação territorial dos palestinos, quando sugeriu um programa que incentiva a emigração dos habitantes do enclave.
As declarações dos ministros, no entanto, foram rechaçadas pela comunidade internacional, inclusive pelos Estados Unidos, que as chamou de "irresponsáveis."