A informação é da agência de notícias Reuters, que citou que a Organização das Nações Unidas considera o método "cruel, desumano ou degradante e até tortura".
Smith chegou a sobreviver a uma outra tentativa de execução em novembro de 2022, quando o envenenamento intravenoso não deu certo. Por conta disso, a Justiça do Alabama determinou o uso do gás nitrogênio para concluir a pena de morte, método que seria usado no país pela primeira vez.
Conforme comunicado da ONU divulgado pela publicação, há possibilidade de grande sofrimento ao condenado, que tem 58 anos, e o método está em desacordo com convenções pactuadas na organização. "Estamos preocupados porque a hipóxia por nitrogênio resultaria em uma morte dolorosa e humilhante", pontuaram as Nações Unidas.
Além disso, advogados de Kenneth Smith já argumentaram ao tribunal do estado que a medida ainda pode violar a Constituição dos Estados Unidos, que proíbe "punições cruéis e incomuns", como seria a conduzida com nitrogênio.
O gás era inclusive uma das bases do pesticida — que também incluía ácido cianídrico — usado pelos nazistas durante o genocídio alemão contra os judeus no século XX, que vitimava 6 mil pessoas por dia em seu auge.
Execuções nos EUA
Primeiro país do mundo a desenvolver a injeção letal como método de execução, os EUA são a única nação ocidental desenvolvida que aplica a pena de morte, que é definida pelos estados. A maioria das mortes é decorrente de doses letais de barbitúrico, substância proibida na União Europeia.