Panorama internacional

Ucrânia quer eximir ricos da mobilização forçada, aponta mídia

Oficiais do governo ucraniano estão pensando em eximir ucranianos com altos salários da convocação obrigatória às Forças Armadas do país, afirmou uma nova reportagem da Forbes, que ouviu fontes anônimas do gabinete do presidente Vladimir Zelensky.
Sputnik
A quantia de isenção seria baseada na quantidade de impostos pagos pelo cidadão ucraniano, apontou a revista. O valor mais discutido pelas autoridades é de 6 mil grívnias (R$ 775) em impostos, o que equivale a um salário de 33,4 mil grívnias (R$ 4.314).
Apenas 15% da população ganham um salário superior a 33,4 mil grívnias.
Quatro fontes confirmaram à revista estadunidense a existência do plano. Outros valores, de 35 mil grívnias (cerca de R$ 4,5 mil) e 66 mil grívnias (cerca de R$ 8,5 mil), também foram pensados pelas autoridades.
Um servidor anônimo resumiu o conceito: "Ou você defende o país servindo nas Forças Armadas ucranianas ou apoia economicamente as Forças Armadas e o Estado". O artigo observou que o discurso de ano-novo do presidente Zelensky manifestou uma atitude semelhante.
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Outra fonte destacou que o esquema encorajaria os trabalhadores a "saírem da sombra e pagarem impostos".
No último mês o líder ucraniano afirmou que o Exército havia pedido que cerca de 500 mil novos soldados fossem mobilizados. Valery Zaluzhny, comandante em chefe das Forças Armadas, negou ter feito o pedido, mas, mesmo assim, os esforços de mobilizar forçosamente os cidadãos ucranianos estão cada vez mais comuns.
No sábado (30 de dezembro), o portal ucraniano Strana.ua citou pessoas que tinham atravessado a fronteira da Polônia dizendo que todos os homens, incluindo os que transportam ajuda humanitária e os deficientes físicos, agora são obrigados a apresentar um certificado especial emitido pelos gabinetes de recrutamento militar. Antes essas pessoas apresentavam somente um documento válido que confirmasse o estado de saúde ou o envolvimento em atividades humanitárias.
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