Em artigo publicado na Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (4), analistas afirmaram que as circunstâncias caminhavam para uma recessão nos EUA em 2023, até um avanço de 4,9% registrado no PIB (Produto Interno Bruto) do país no terceiro trimestre do ano anterior.
A razão para o suspiro da economia norte-americana? O investimento na indústria bélica, com forte incentivo e subsídios distribuídos pelo presidente Joe Biden.
"A indústria bélica nos EUA está vendendo como nunca por conta da Ucrânia. Então, pode-se dizer que o ambiente internacional está favorável ao país", disse ao jornal o ex-embaixador do Brasil em Washington, Rubens Barbosa.
Segundo a mídia, em pouco mais de um ano, Washington havia enviado quase 1 milhão de projéteis de 155mm para a Ucrânia, o equivalente a cinco anos de produção do material.
Conforme o professor Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em gestão financeira da FGV (Fundação Getúlio Vargas) cita ao jornal, como Biden pretende concorrer às eleições neste ano, ele fará de tudo para entregar um crescimento econômico positivo em 2024. Ou seja, o investimento em conflitos armados e apoio parece evidente para a continuidade da lucratividade para os norte-americanos.
Biden tem enfrentado resistência no Congresso dos EUA por parte da ala republicana quando o assunto é enviar mais apoio militar à Ucrânia, enquanto outra demanda (as fronteiras com o México) são prioridade para a oposição.
Além disso, o apoio a Israel vem gerando controvérsias na opinião pública, mesmo no Ocidente.
Segundo informações veiculadas pela Reuters, o presidente vem incentivando silenciosamente o legislativo para apoiar a venda de 45 mil munições de tanque para Israel. O negócio avaliado em US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões), reabasteceria o arsenal israelense.